LIÇÃO 08 - A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS




INTRODUÇÃO

Desde a criação do homem que Deus tem promovido meios de se comunicar com ele. Por isso, Ele revelou-se ao homem de diversas maneiras: através da natureza (Sl 19.1-3; Rm 1.19,20); oralmente (Gn 3.8; 4.9; 6.13); através dos profetas (Hb 1.1), etc. Hoje, Ele revela-se a nós, através de Jesus -a palavra viva- (Jo 14.6-9) e através da Bíblia -a palavra escrita- (II Pe 1.20,21). A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem, pois através dela Deus se fez conhecido. Sua principal mensagem é a salvação através da fé em Cristo Jesus.




I - QUE SIGNIFICA O TERMO “BÍBLIA”?

A palavra “Bíblia” não se encontra no texto das Sagradas Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado “biblion”, e vários destes era uma “bíblia”. Portanto, a palavra Bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”. Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, são:

Escrituras (Mt 21.42; 22.29; Mc 14.29; Lc 24.27; Jo 5.39);
Sagradas Letras (II Tm 3.15 A.R.C.);
Livro do Senhor (Is 34.16);
Palavra de Deus (Pv 30.5; Hb 4.12; Ap 19.13 A.R.A.).

II - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

Chamamos de inspiração das Escrituras a influência ou a ação sobrenatural do Espírito Santo, sobre os escritores, capacitando-os a escrever as Sagradas Escrituras de maneira inerrante e infalível. O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina. É devido a sua inspiração que ela é chamada de “Palavra de Deus”. Como disse o apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm 3.16,17 A.R.A.)

A Doutrina da inspiração da Bíblia é chamada Inspiração Plenária ou Verbal e ensina que:

Todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas;
Os escritores não funcionaram como simples robôs, mas houve cooperação entre eles e o Espírito de Deus que neles agia;
Os homens santos de Deus escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém, sob a influência poderosa do Espírito Santo;
A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento, e que depois disso, nenhum outro livro pode ser considerado como sendo inspirado por Deus.

2.1 PROVAS DA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

Dentre outras provas da inspiração das Escrituras, mencionamos as seguintes:

2.1.1 A aprovação da Bíblia por Jesus. Jesus aprovou a Bíblia ao lê- la (Lc 4.16-20), ao ensiná-la (Lc 24.27), ao chamá-la de “Palavra de Deus” (Mc 7.13), e ao cumpri-la (Lc 24.44). Os Evangelhos contêm nada menos do que trinta e cinco referências ao A.T., citadas por Jesus, que fez diversas referências a personagens e fatos registrados no A.T. (Mt 12.3,39-41; Mc 13.14;Lc 11.32; 24.44)

2.1.2 O testemunho do Espírito Santo no crente. Todo aquele que aceita a Jesus como Salvador aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus, sem argumentar, pois, o Espírito Santo põe na sua alma a certeza quanto à autoria e a inspiração divina das Escrituras.

2.1.3 O fiel cumprimento das profecias. O cumprimento contínuo das profecias bíblicas é uma prova da sua origem divina. Inúmeras profecias bíblicas já se cumpriram no passado; outras estão se cumprindo em nossos dias; e muitas outras estão para se cumprir. Somente um livro vindo de Deus poderia prever com exatidão os eventos futuros (Is 40.8; Jr 1.12; Mt 24.35). Como disse o Senhor por intermédio do profeta Isaías: “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

2.2 DIFERENÇA ENTRE INSPIRAÇÃO E REVELAÇÃO

Como já vimos anteriormente, a Inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a escrevê-la de maneira inerrante e infalível. Já a Revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer aos escritores da Bíblia, coisas e fatos desconhecidos, que eles jamais poderiam saber, nem descrever, senão por revelação divina, tais como: a criação (Gn cap.1,2); as acusações de Satanás à Deus, acerca de Jó (Jó 1.9-11; 2.4,5); batalhas travadas no reino angelical (Dn 10.12-1; Jd 9); etc.

2.3 AS VÁRIAS TEORIAS À RESPEITO DA INSPIRAÇÃO

Ao longo da história, as teorias à respeito da inspiração da Bíblia tem variado segundo as características essenciais de três movimentos teológicos: a Ortodoxia, o Modernismo e a Neo-Ortodoxia. Vejamos, de forma maisdetalhada, estas teorias:

Ortodoxia: crê que a Bíblia é a Palavra de Deus. Por cerca de 18 séculos de história da Igreja, prevaleceu a opinião ortodoxa da inspiração divina. Os pais da Igreja, bem como teólogos ortodoxos, ao longo dos séculos, vêm ensinando que a Bíblia foi inspirada verbalmente, ou seja, que ela foi escrita por inspiração divina (II Tm 3.16,17; II Pe 1.19-21).
Modernismo: crê que a Bíblia contém a Palavra de Deus. A partir do surgimento do modernismo ou liberalismo teológico, surgiu também uma nova visão da inspiração bíblica, ensinando que a Bíblia meramente contém a Palavra de Deus, ou seja, certas partes dela são divinas, expressam a verdade, mas outras são humanas e apresentam erros. Eles afirmam que a Bíblia incorporou lendas, mitos e falsas crenças que devem ser rejeitadas pelo homem.
Neo-Ortodoxia: crê que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus. No início do século XX, com o surgimento da Neo-Ortodoxia, surge, então, outro conceito acerca da inspiração da Bíblia, afirmando que Deus fala aos homens através da Bíblia, e, quando isso acontece, a Bíblia torna-se a Palavra de Deus. A Bíblia, no entanto, declara ser um livro dotado de autoridade divina, resultante de um processo pelo qual homens movidos pelo Espírito Santo escreveram textos inspirados (soprados) por Deus. Como disse o apóstolo Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (II Pe 1.21).

III - A HARMONIA DA BÍBLIA

A existência da Bíblia até aos nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Seus 66 livros escritos em um período de aproximadamente dezesseis séculos, somam-se num só, com uma mensagem única e harmônica. Os escritores da Bíblia, por exemplo, foram homens de, praticamente, todas as atividades da vida humana então conhecidas. Moisés, por exemplo, foi príncipe e legislador; Josué foi um grande soldado; Davi e Salomão foram reis e poetas; Isaías, estadista e profeta; Daniel, ministro de Estado; Pedro, Tiago e João, eram pescadores; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas. Amós, agricultor e boieiro; e Paulo, teólogo e erudito. Apesar dessa variedade profissional, é possível notar como os mesmos se completam, tratando de um só assunto, um só Deus, uma só fé, uma só salvação.

As condições também não foram uniformes. Moisés, por exemplo, escreveu os seus livros nas solitárias paragens do deserto; Davi, nas campinas e nos campos; Paulo escreveu suas epístolas, ora em prisões, ora em viagens; e João escreveu o Apocalipse exilado na ilha de Patmos. Não obstante as diferentes condições em que os livros da Bíblia foram escritos, juntos eles se tornam um. Apesar dessa pluralidade de condições, a Bíblia apresenta um sistema de doutrina uniforme, uma só mensagem de amor, um só meio de salvação, de Gênesis a Apocalipse.

IV - O TEXTO BÍBLICO QUE DISPOMOS É DIGNO DE CONFIANÇA?

Muitos cristãos reconhecem a inspiração das Escrituras, mas chegam a duvidar da autenticidade do texto bíblico, afirmando que, devido ao grande número de cópias e traduções, o texto que dispomos hoje não é digno de crédito e encontra-se cheio de erros. No entanto, devemos observar que até a descoberta dos rolos do Mar Morto em 1947, não possuíamos cópias do A.T. anteriores a 985 d.C. Porém, estas descobertas trouxeram a lume um texto hebraico datado do segundo século a.C., de todos os livros do A.T., com exceção do livro de Ester, onde verificou-se a exatidão dos textos bíblicos do A.T.

Quanto ao N.T., vale a pena lembrar que existem mais de 5.000 manuscritos ainda hoje, além de muitas cópias com datas bem próximas aos textos originais. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos que se dedicam ao estudo dos textos originais, comparando-os com o texto atual, nos asseguram possuirmos um texto fidedigno das Sagradas Escrituras.

CONCLUSÃO

A Bíblia é a palavra de Deus! Ela nos ensina sobre a a condenação dos pecadores e o caminho da salvação. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis. É o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e o mapa do cristão. Ela contém luz para nos dirigir, alimento para nos sustentar e consolo para nos animar. Por isso, ela deve ser a nossa companheira diária na jornada para o céu.

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Anotada. João Ferreira de Almeida. Editora Mundo Cristão.
A Bíblia Através dos Séculos. Antônio Gilberto. Edições CPAD.
As Grandes Doutrinas da Bíblia. Raimundo de Oliveira. Edições. CPAD.
Dicionário Teológico. Claudionor Correia de Andrade. Edições CPAD.








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